segunda-feira, 9 de julho de 2012

MTHO e contribuição para a Hipertrofia Muscular.


Por Felipe Souza*, Célio Ramos e Marx Dornelas

Nas últimas décadas houve um crescimento substancial no número de pesquisas com Treinamento de força (TF), bem como na qualidade das mesmas. Este interesse se deve, a princípio, pela escassez de dados publicados e ao aumento da prescrição do TF com fins estéticos, de saúde e desempenho atlético (FLECK & KRAEMER 2008).
Se folhear uma revista sobre saúde, encontrará dezenas de artigos para problemas de peso, mas não conseguirá encontrar mais do que um ou dois artigos para quem deseja ganhar peso, com aumento de massa muscular.
Entretanto este artigo tem como finalidade, mostrar os efeitos hipertróficos da enzima mTOR (mammalian target of rapamycin) ou proteína treonina quinase associada ao treinamento de força (TF). Se esta enzima não for inibida ela auxilia em até 60% no volume total da massa musculoesquelética ou célula muscular.

Segundo Brazilian Journal of Biomotricity (2009), afirma que Pouco é conhecido sobre como as respostas adaptativas ao treinamento de força são iniciadas e mantidas ao nível molecular, atualmente os cientistas acreditam que são pontos de controle intracelular para a síntese protéica são as proteínas: calcineurina, PI3K, Akt, mTOR, GSK3β, SHIP2 e PTEN.
De acordo com American College of Sports Medicine (ACSM 2007) eles afirmam que, Estes hormônios ao se ligarem nos seus receptores de membrana ocorre a  ativação da Akt.
Ainda com o mesmo autor ele fala que à Akt é um dos principais pontos de controle para o ganho de massa muscular. Por converter o PI3K em PIP2, as enzimas PETN e SHIP2 dificultam ativação da Akt e, conseqüentemente, a hipertrofia.
Para Saad (2002) afirma que à mTOR é uma proteína ativada pela Akt e está associada a maior síntese protéica pelos ribossomos mais por outro lado, a insulina aumenta a síntese e bloqueia a degradação de proteínas através da ativação da mTOR, controla a translação de proteínas diretamente através da fosforilação da p70- ribossomal a GSK3β é um inibidor da síntese protéica ou produção de proteína nos ribossomos, porém, esta enzima faz inibição quando a Akt esta ativada. À atrofia muscular por ativar organelas que degradam a proteína marcada para tal, situação.

Graves (2005) fala que para haver hipertrofia precisamos quebrar a homeostase através do treinamento de força, buscando o estímulo ideal. A grande questão está em utilizar de forma correta a intensidade diminuir o volume e vice-versa, ou seja, quanto maior a carga utilizada menos será o tempo de duração e quanto maior o volume menor será a carga suportada.


A resposta adaptativa ao treinamento de força é determinada pelo tipo, volume e freqüência de aplicação dos estímulos, que ativam vias de sinalização distintas, a transcrição de genes específicos e posterior síntese protéica. (STÉPHANO 2011).
 O treinamento resistido está relacionado à ativação da enzima mTOR, proporcionada pelo hormônio IGF-1 e estimulada pela insulina, quando um carboidrato é consumido após a atividade física. (NATIONAL INSTITUTES OS HEALTH 2010).

Continuando com o mesmo instituto ele afirma que, Estas vias de sinalização levam à inibição da transcrição de genes relacionados à atrofia e aumento da síntese de proteínas contráteis e metabólicas, proporcionando um aumento da massa muscular, conhecido como hipertrofia.
 Atualmente, evidências sugerem que, além das sinalizações dos hormônios, os estímulos mecânicos (mecanotransdução) também podem influenciar a ativação gênica durante o processo hipertrófico. A ativação de células satélites, proporcionada pelo estresse mecânico, fatores de crescimento, radicais livres e citocinas é de suma importância para o crescimento muscular (NEME 2011).
Para ocorrer este processo primeiro é necessário manter o balanço nitrogenado positivo, ou seja, manter maior anabolismo do que catabolismo, em toda a situação de estresse orgânico ou emocional devido ao aumento da produção de cortisol, produzido pela glândula supra-renal. (UCHIYAMA e NAKANO 1992).


Onde se faz necessário a utilização de suplementos pré-treino, durante e pós-treino com o objetivo de minimizar estes efeitos catabólicos e assim promover os efeitos anabólicos.

No Pré- Treino 
·         Creatina + Beta Alanina
·         Neuroboost (Integralmedica)
·         Arnold 3D (Arnold Nutrition)
·         Super Charge (Labrada)
·         BCAA Top (Integralmedica)
·         Animal Pack (Universal)
          
          No Pós- Treino
·         100% Dextrose (Integralmedica)
·         Dextrose (Solaris Nutrition)
·         Leukic Extreme Hardcore (Integralmedica)
·         Creatina Poder (Universal)
         
          No Intra- Treino( Durante)
         ·         In Train (Integralmedica)
         ·         Volumaize (BSN)

OBS: Todos esses suplementos são Sugestões, que devem ser aliados aos comandos de um nutricionista. Estamos apenas dando exemplos de suplementos que possam ser usados para MAXIMIZAR os seus ganhos.


Exemplo de Treino para peito, numa periodização ondulatória onde cada semana sera trabalhada uma demanda fisiológica!

Exercícios
Semana 1- Força (80”- 120”)
Semana 2- Hipertrofia (50”- 80”)
Semana 3- Resistido (30”- 45”)
1. Supino Reto Hts
01x 15-20(Aqc.) 05x 04-07 reps
04x 12/10/08/07 reps- ↑
03x 20-30 reps
2. Supino Reto Br
05x 04-06 reps
04x 08+12 reps- SUPER SET
03x 30 reps
3. Supino Sentado Mq.
04x  4+8+12 reps- BREAK DOWN
04x  10-12 reps: ↑
03x 08 + 30 reps: ↑↓
4. Supino Inclinado Smith
03x 05-07 reps
03x 10-12 reps:↑
03x 20-30 reps
5. Supino Declinado Br
03x 05-07 reps
03x 10-12 reps:↑
03x 15-20 reps
6. Voador Peitoral
03x 12 + 15 reps- Bi set
03x 07+12 reps- SUPER SET
03x 10+10+10 reps- DROP SET
7. Abd.: Supra Declinado
03x 15-20 reps
04x 20 reps (Rotação Tronco)
04x 30-50 reps (Completo)






REFERENCIAS:

ACSM. Manual de Pesquisa das Diretrizes do ACSM para os Testes de Esforços e sua Prescrição, Exercício e hipertrofia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan 4ª ed., 2003.

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(*) Felipe Alberto de Souza



A simplicidade é o que há de mais difícil no mundo: é o último resultado da experiência, a derradeira força do gênio.( George Bernard Shaw )




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