domingo, 27 de maio de 2012

Treinamento Funcional: A ginástica MODERNA.


Por Célio Ramos

 Considerado uma tendência que já é realidade o treinamento funcional em suma consiste em reproduzir possíveis gestos motores e/ou os sistemas energéticos específicos não só do esporte praticado como também da vida diária, causando adaptações que serão muito próximas das que o organismo precisará durante a prática. Desta, confere a este tipo de treinamento um caráter aparentemente não ortodoxo que trabalha o corpo de forma integrada desenvolvendo além das valências físicas envolvidas na atividade, também componentes neurológicos como equilíbrio, sinestesia e propriocepção que são importantíssimos na vida humana de forma geral e não só no meio esportivo (D’Elia (2009); 
Fonte: GoogleImages
  Este treinamento tem sua base científica no princípio do treinamento esportivo conhecido como O PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE, este princípio diz que as adaptações, tanto energéticas quanto motoras, são específicas ao esporte praticado, por exemplo, ser um bom ciclista não quer dizer que será um bom corredor, pois as adaptações motoras e fisiológicas necessárias para um bom desempenho em uma prova de ciclismo são diferentes das necessidades a uma prova de corrida. Então, não se pode treinar uma pessoa para realizar uma prova de ciclismo pondo o mesmo para treinar como corredor em uma pista de corrida (Calomeni e Almeida, 2008; Gomes, 2007; Arruda e Neto, 2004).

 Não podemos nos esquecer do grande suporte que este tipo de treinamento oferece como uma forma bastante eficaz de proteger as articulações e músculos envolvidos com o esporte ou atividades propostas de sua individualidade, atentando quando bem empregados. Sabe-se que o treinamento funcional é usado para prevenir futuras lesões esportivas ou até saná-las, tanto que hoje os grandes times de futebol, como o Corinthians e o São Paulo, já incrementam esta forma de treinamento com este objetivo, além da performance humana de seus atletas e o colocam como base do planejamento principalmente nas fases preparatórias de temporada, com isso conseguindo resultados muito efetivos em sua totalidade. 
Fonte:http://adeptiocrossfit.com/2011/07/tuesday-72611/  
 Apesar dos estímulos altamente específicos para cada atividade o treinamento funcional é global, por que envolve em seus programas formas de desenvolver de maneira equilibrada todas as capacidades físicas: equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade, potência e resistências. Atributos estes importantíssimos para qual quer individuo efetivamente determinar seus padrões de desempenho “In Volto” dos contextos de saúde, bem-estar e longevidade em sua forma cotidiana.

 É importante ressaltar para sua aplicabilidade que um bom profissional, deve antes de montar um treinamento aplicados nas valências de funcionalidade e performance desportiva,   tem que obrigatoriamente conhecer as demandas energéticas e os gestos motores envolvidos em questão ou o cotidiano individual dos proponentes e incluir no programa de treinamento, além dos exercícios funcionais, a sua relação com os treinos convencionais da sala de MUSCULAÇÃO. 

 Boa parte dos exercícios funcionais irá proporcionar aos praticantes adaptações tanto fisiológicas, como neurológicas ao qual proporcionaram ao indivíduo realizações com mais eficiência e segurança durante a prática do esporte ou em sua vida, sem mencionar que os exercícios funcionais por se aproximarem muito da prática real que o tornam um tipo de treinamento muito mais dinâmico, prazeroso e menos monótono para quem o realiza.

 Valendo lembrar, que não podemos confundir um modelo ESPECÍFICO de treinamento funcional com a aplicação de exercícios funcionais, como se vê atualmente aplicado dentro das academias de musculação, sem qualquer critério técnico, biomecânico ou até mesmo de treinabilidade de um individuou. Apontando que um dos princípios básicos do treinamento desportivo é o PRINCÍPIO DA SOBRECARGA, que em conjunto com o princípio da especificidade regem o treinamento moderno independente da modalidade. A musculação sempre será a base de qualquer treinamento ou objetivo.

 Clarifico que os elementos que constroem um programa funcional irão muito, além de exercícios diferentes ou criativos, passa-se necessário uma avaliação criteriosa da necessidade do individuo. Para D’Elia (2009) nenhum exercício carrega consigo as características necessárias para ser rotulado de funcional ou não funcional, só sendo possível depois de saber para quem ou para o que tais momentos do processo de treino serão aplicados e objetivos.
 É necessária uma a atualização constante dentro do treinamento e em especial no funcional, baseando-se na PERIODIZAÇÃO: organização e planejamento das propostas para o resultado ou meta estabelecida, e de encontro dessa necessidade, contudo é respeitável afirmar que este chega como mais um componente de ferramenta para qualquer profissional, que busca em seu trabalho a inter-relação do SER HUMANO COMO UM TODO!
Fonte:http://dualfit.com/crossfit-training-explore-the-pros-and-cons-of-crossfit/ 

Desejo a todos bons treinos!!

(*) Artigo publicado na Revista Vip Fitness, 2ª Edição- Dez/Jan 2012.

Um comentário:

  1. Muito interessante o artigo, porém vamos lembrar sempre que treinamento funcional de verdade engloba o treino de movimentos e não de músculos, multiplanar, multiarticular e em cadeia cinética fechada.
    Abração!

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