Por Célio Ramos
Considerado uma
tendência que já é realidade o treinamento funcional em suma consiste em
reproduzir possíveis gestos motores e/ou os sistemas energéticos específicos
não só do esporte praticado como também da vida diária, causando adaptações que
serão muito próximas das que o organismo precisará durante a prática. Desta,
confere a este tipo de treinamento um caráter aparentemente não ortodoxo que
trabalha o corpo de forma integrada desenvolvendo além das valências físicas
envolvidas na atividade, também componentes neurológicos como equilíbrio, sinestesia
e propriocepção que são importantíssimos na vida humana de forma geral e não só
no meio esportivo (D’Elia (2009);
Fonte: GoogleImages |
Este
treinamento tem sua base científica no princípio do treinamento esportivo
conhecido como O PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE, este
princípio diz que as adaptações, tanto energéticas quanto motoras, são
específicas ao esporte praticado, por exemplo, ser um bom ciclista não quer
dizer que será um bom corredor, pois as adaptações motoras e fisiológicas
necessárias para um bom desempenho em uma prova de ciclismo são diferentes das
necessidades a uma prova de corrida. Então, não se pode treinar uma pessoa para
realizar uma prova de ciclismo pondo o mesmo para treinar como corredor em uma
pista de corrida (Calomeni e Almeida, 2008; Gomes, 2007; Arruda e Neto, 2004).
Não
podemos nos esquecer do grande suporte que este tipo de treinamento oferece
como uma forma bastante eficaz de proteger as articulações e músculos
envolvidos com o esporte ou atividades propostas de sua individualidade,
atentando quando bem empregados. Sabe-se que o treinamento funcional é usado
para prevenir futuras lesões esportivas ou até saná-las, tanto que hoje os
grandes times de futebol, como o Corinthians e o São Paulo, já incrementam esta
forma de treinamento com este objetivo, além da performance humana
de seus atletas e o colocam como base do planejamento principalmente nas fases
preparatórias de temporada, com isso conseguindo resultados muito efetivos em
sua totalidade.
Fonte:http://adeptiocrossfit.com/2011/07/tuesday-72611/ |
Apesar
dos estímulos altamente específicos para cada atividade o treinamento funcional
é global, por que envolve em seus programas formas de desenvolver de maneira
equilibrada todas as capacidades físicas: equilíbrio, força, velocidade,
coordenação, flexibilidade, potência e resistências. Atributos estes
importantíssimos para qual quer individuo efetivamente determinar seus padrões
de desempenho “In Volto” dos contextos de saúde, bem-estar e longevidade em sua
forma cotidiana.
É
importante ressaltar para sua aplicabilidade que um bom profissional, deve
antes de montar um treinamento aplicados nas valências de funcionalidade e performance desportiva, tem que
obrigatoriamente conhecer as demandas energéticas e os gestos motores
envolvidos em questão ou o cotidiano individual dos proponentes e incluir no
programa de treinamento, além dos exercícios funcionais, a sua relação com os
treinos convencionais da sala de MUSCULAÇÃO.
Boa
parte dos exercícios funcionais irá proporcionar aos praticantes adaptações
tanto fisiológicas, como neurológicas ao qual proporcionaram ao indivíduo
realizações com mais eficiência e segurança durante a prática do esporte ou em
sua vida, sem mencionar que os exercícios funcionais por se aproximarem muito
da prática real que o tornam um tipo de treinamento muito mais dinâmico,
prazeroso e menos monótono para quem o realiza.
Valendo
lembrar, que não podemos confundir um modelo ESPECÍFICO de treinamento funcional com a
aplicação de exercícios funcionais, como se vê atualmente aplicado dentro das
academias de musculação, sem qualquer critério técnico, biomecânico ou até
mesmo de treinabilidade de um individuou. Apontando que um dos princípios
básicos do treinamento desportivo é o PRINCÍPIO DA SOBRECARGA, que em conjunto
com o princípio da especificidade regem o treinamento moderno independente da
modalidade. A musculação sempre será a base de qualquer treinamento ou
objetivo.
Clarifico
que os elementos que constroem um programa funcional irão muito, além de
exercícios diferentes ou criativos, passa-se necessário uma avaliação
criteriosa da necessidade do individuo. Para D’Elia (2009) nenhum exercício
carrega consigo as características necessárias para ser rotulado de funcional
ou não funcional, só sendo possível depois de saber para quem ou para o que
tais momentos do processo de treino serão aplicados e objetivos.
É
necessária uma a atualização constante dentro do treinamento e em especial no
funcional, baseando-se na PERIODIZAÇÃO: organização e planejamento das
propostas para o resultado ou meta estabelecida, e de encontro dessa
necessidade, contudo é respeitável afirmar que este chega como mais um
componente de ferramenta para qualquer profissional, que busca em seu trabalho
a inter-relação do SER HUMANO COMO UM TODO!
Fonte:http://dualfit.com/crossfit-training-explore-the-pros-and-cons-of-crossfit/ |
Desejo
a todos bons treinos!!
Muito interessante o artigo, porém vamos lembrar sempre que treinamento funcional de verdade engloba o treino de movimentos e não de músculos, multiplanar, multiarticular e em cadeia cinética fechada.
ResponderExcluirAbração!